COP30

É mais barato salvar o planeta do que financiar guerras, diz Lula na COP30

O presidente defende na abertura da conferência, em Belém, que a humanidade precisa de coragem para enfrentar a crise climática e criticou quem ‘controla algoritmos para espalhar ódio e medo’

É mais barato salvar o planeta do que financiar guerras, diz Lula na COP30
É mais barato salvar o planeta do que financiar guerras, diz Lula na COP30
O presidente Lula na Cúpula do Clima, em Belém. Foto: Rafa Neddermeyer/COP30 Brasil Amazônia/PR
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O presidente Lula (PT) afirmou nesta segunda-feira 10, na abertura da COP30, ser muito mais barato investir no enfrentamento às mudanças climáticas do que gastar com guerras. Em discurso a líderes e delegações dos 190 países reunidos em Belém (PA), o petista defendeu o protagonismo do Brasil e criticou o avanço do negacionismo e da desinformação no debate ambiental.

“Os homens que fazem guerra, se estivessem aqui nesta COP, iriam perceber que é muito mais barato colocar 1,3 trilhão de dólares para acabar com o problema climático do que gastar 2,7 trilhões de dólares para fazer guerra, como se fez no ano passado”, disse o presidente.

Lula também fez um apelo em defesa da ciência e das instituições multilaterais, e criticou o avanço da desinformação e os ataques de grupos que rejeitam o consenso científico sobre o aquecimento global. “Na era da desinformação, os negacionistas rejeitam não só a ciência, mas também o multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas.”

Ele lembrou que há mais de 30 anos, na Rio-92, o mundo se reuniu para criar as bases da Convenção do Clima, e afirmou que a Cúpula de Belém representa a continuidade dessa trajetória. Segundo o presidente, o Chamado à Ação de Belém, lançado durante a conferência, se apoia em três pilares: o cumprimento dos compromissos climáticos com financiamento e transferência de tecnologia; a aceleração da transição energética com o fim dos combustíveis fósseis e do desmatamento; e o combate à desigualdade, que Lula definiu como “a essência da emergência climática”.

Para o petista, a crise ambiental é também uma crise social. Expõe, segundo ele, uma “lógica perversa de quem é digno de viver e de quem é digno de morrer”. Lula concluiu o discurso afirmando que “devemos aos nossos filhos e netos a oportunidade de ver uma Terra onde ainda seja possível sonhar”.

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