Clima

2025 deve ser o segundo ano mais quente da história

Os dados são do observatório do clima europeu

2025 deve ser o segundo ano mais quente da história
2025 deve ser o segundo ano mais quente da história
Calor de 40ºC em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Foto: SILVIO AVILA / AFP
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O ano de 2025 deve ser o segundo mais quente já registrado, empatado com 2023, após o recorde histórico de 2024, informou nesta terça-feira 9 o observatório do clima europeu Copernicus.

Os dados do observatório europeu confirmam que as temperaturas mundiais excederão em 1,5ºC os níveis pré-industriais, o limite considerado seguro pelo Acordo de Paris de 2015.

As temperaturas subiram, em média, 1,48ºC entre janeiro e novembro, ou “atualmente empatado com 2023 como o segundo ano mais quente já registrado”, segundo a atualização mensal do observatório.

“A média de três anos para 2023-2025 está a caminho de superar 1,5ºC pela primeira vez”, afirmou em comunicado Samantha Burgess, estrategista climática do Copernicus.

“Estes marcos não são abstratos, refletem o ritmo acelerado das mudanças climáticas e a única forma de mitigar futuros aumentos de temperatura é reduzir rapidamente as emissões de gases do efeito estufa”, acrescentou.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou em outubro que o mundo não conseguiria manter o aquecimento abaixo de 1,5ºC nos próximos anos.

O mês passado foi o terceiro novembro mais quente já registrado, com a média de 1,54ºC acima dos níveis pré-industriais, segundo o Copernicus.

“O mês foi marcado por vários eventos climáticos extremos, incluindo ciclones tropicais no sudeste asiático, que provocaram inundações extensas e catastróficas e perdas de vidas”, indicou o observatório.

As Filipinas foram atingidas por tufões consecutivos que mataram quase 260 pessoas em novembro, enquanto Indonésia, Sri Lanka, Tailândia e Malásia sofreram inundações mortais em dezembro.

O Copernicus faz suas medições com bilhões de leituras de satélite e de dados meteorológicos, tanto em terra como no mar, e seus dados remontam a 1940.

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