Após uma ampla negociação, a bancada do PT definiu nesta quinta-feira 5 o deputado Zeca Dirceu (PR), filho do ex-ministro José Dirceu, como o líder do partido na Câmara ao longo de 2023. Ele substituirá Reginaldo Lopes (MG).
A decisão foi tomada depois de uma disputa entre alas do partido: a Construindo um Novo Brasil sustentava o nome de Zeca para 2023 e o de Odair Cunha (MG) para 2024. Outros grupos defendiam a indicação de Lindbergh Farias (RJ).
A tendência é de que Cunha assuma em 2024, Lindbergh em 2025 e e Pedro Uczai (SC) em 2026.
“Estou emocionado, feliz e principalmente entusiasmado com a nova missão”, afirmou Zeca em contato com CartaCapital. “Eu cresci dentro do PT. Ainda criança, ia do Paraná a São Paulo ver meu pai e participava das reuniões do Diretório Nacional. Representar o partido em um nível tão relevante é sensacional.”
O PT também já oficializou os líderes do governo Lula no Parlamento: José Guimarães (PT-CE) na Câmara e Jaques Wagner (PT-BA) no Senado. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) será o líder no Congresso Nacional.
Ao assumir a liderança do PT, Zeca terá como desafio imediato a eleição para a presidência da Câmara, em 1º de fevereiro. A sigla anunciou apoio a Arthur Lira (PP-AL), candidato à reeleição, mas ainda espera definições sobre cargos na Mesa.
A federação PT/PV/PCdoB inicia a legislatura em 2023 com 80 deputados. Apenas o PL, com 99 eleitos, conquistou uma bancada mais numerosa.
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