CartaExpressa

Zanin nega habeas corpus a militar acusado de deserção

A Defensoria Pública da União alegava abuso de poder do STM, mas o ministro rechaçou a versão

Zanin nega habeas corpus a militar acusado de deserção
Zanin nega habeas corpus a militar acusado de deserção
Ministro Cristiano Zanin. Foto: Rosinei Coutinho/AFP/STF
Apoie Siga-nos no

O ministro do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin rejeitou conceder um habeas corpus ao ex-soldado do Exército Dhemerson Vitor Carvalho Alves, acusado pelo Ministério Público Militar do crime de deserção.

Segundo a Defensoria Pública da União, o Superior Tribunal Militar cometeu abuso de poder ao determinar o prosseguimento da ação penal mesmo após Alves deixar as Forças Armadas.

O STM concluiu que o fato de Alves ter se licenciado do Exército após o oferecimento da denúncia pelo MPM não impede a continuidade do processo penal militar.

Ao negar o habeas corpus, na última sexta-feira 17, Zanin anotou que a jurisprudência do STF indica ser irrelevante para a ação penal a exclusão posterior das Forças Armadas. Ou seja: no crime de deserção, vale a condição de militar no momento do recebimento da denúncia.

Segundo o Código Penal Militar, configura-se o crime de deserção quando um integrante das Forças Armadas se ausenta por mais de oito dias, sem licença, da unidade em que serve ou do lugar em que deve permanecer. A pena é de detenção de seis meses a dois anos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo