Witzel se diz perseguido por Bolsonaro: ‘Meu processo teve o dedo dele’

'Você vê que é um movimento orquestrado do presidente contra os governadores'

Foto: Fernando Frazão/ABR

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A um dia de ver o Tribunal Especial Misto decidir o seu futuro político, o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), reclamou da interferência do presidente Jair Bolsonaro em seu processo.

Witzel e Bolsonaro se aliaram nas eleições de 2018, mas romperam no ano seguinte. Agora, o governador afastado acusa o presidente de exercer pressão por sua condenação.

“Certamente tem o dedo dele [Bolsonaro]. Quem começou essa denúncia junto com a Lindôra [Araújo, subprocuradora da República] foi o [deputado bolsonarista] Otoni de Paula. E há informações de que o dossiê contra mim foi elaborado dentro do Palácio do Planalto junto com o Otoni de Paula, tanto que ele é citado pela Lindôra no início da investigação. Você vê que é um movimento orquestrado do presidente contra os governadores”, disse Witzel em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

“E aqui no Rio existem fatos ainda mais contundentes, porque eu determinei a investigação do caso Marielle. A partir daí, o presidente começa a entender que o governador do Rio estaria perseguindo a família dele e poderia ser um adversário em 2022. A história toda se passa nesse enredo”, acrescentou.

Witzel também declarou que o governador Cláudio Castro (PSC) está “completamente refém da família Bolsonaro e isso vai levá-lo à desgraça”. O governador afastado ainda tenta, no Supremo Tribunal Federal, suspender o rito do processo de impeachment no Tribunal Especial Misto.

 


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