CartaExpressa

Weintraub diz à Polícia Federal que Lewandowski quis comprar sua casa

O ex-ministro bolsonarista depôs por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF

Weintraub diz à Polícia Federal que Lewandowski quis comprar sua casa
Weintraub diz à Polícia Federal que Lewandowski quis comprar sua casa
Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação. Foto: Luis Fortes/MEC
Apoie Siga-nos no

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub disse à Polícia Federal, nesta sexta-feira 4, que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, quis comprar sua casa. Negou, porém, a intenção de imputar crime ao magistrado ao revelar o suposto episódio em um podcast. A informação é da Folha de S.Paulo.

Weintraub depôs à PF por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em janeiro, o magistrado abriu uma investigação preliminar para apurar declarações do bolsonarista em entrevista ao podcast Inteligência Ltda. Sem apresentar provas, Weintraub disse que um dos ministros da Corte que lhe negaram habeas corpus tentou comprar a sua casa em um condomínio fechado, mesmo sem ela estar à venda.

Segundo Weintraub, esse magistrado alegou que o ex-ministro da Educação, que estava nos Estados Unidos e era alvo de investigação na Corte, não voltaria mais ao Brasil.

“Eu vou contar um outro detalhe picante. Moro numa casa, num condomínio fechado, uma casa boa. Um juiz do STF estava procurando casa na região, dentro do condomínio. Viu a minha casa e falou: ‘Pô, casa bonita, hein, de quem é?’. Falaram: ‘Abraham Weintraub’. ‘Pergunta para ele se não quer vender para mim’”, disse Weintraub na entrevista.

E emendou: “’Não tá à venda’”. ‘Pergunta se quer vender para mim, já que ele não vai mais voltar ao Brasil’. O que acha disso? É adequado?”.

O depoimento de Weintraub à PF deveria ocorrer em 31 de janeiro, mas o ex-ministro testou positivo para a Covid-19.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo