Viagem da comitiva brasileira a Israel pelo ‘spray anti-Covid’ não deu em nada

O périplo foi comandado pelo então chanceler Ernesto Araújo, no início de março

Foto: Divulgação/Ministério das Relações Exteriores

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O governo de Jair Bolsonaro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, confirmou que a viagem de uma comitiva brasileira a Israel, sob o comando do então chanceler Ernesto Araújo, não resultou em acordo sobre um suposto spray nasal contra a Covid-19, nem para o compartilhamento de tecnologias.

Entre outros, foram a Israel no início de março os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Hélio Lopes (PSL-RJ); o então secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten; o assessor da Presidência Filipe Martins; e o embaixador Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega.

A admissão do fracasso nas negociações foi feita pelo Itamaraty à bancada do PSOL na Câmara, em documento enviado em 7 de maio. “[…] O projeto da carta não teve sua celebração completada, uma vez que não foi assinada pelo representante do Ministério da Saúde e não chegou à troca de instrumentos entre os signatários, conforme prática de negociações internacionais“, diz o ofício assinado pelo atual ministro das Relações Exteriores, Carlos França.

O ‘projeto da carta’ é o termo de cooperação relacionado ao ‘spray nasal’. O documento tem a assinatura de Araújo, mas o espaço que deveria ser assinado pelo ministro da saúde brasileiro está em branco.

 

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