‘Vexame’ e ‘mentiroso compulsivo’. Políticos reagem a discurso de Bolsonaro na ONU

'O Brasil inventado por Bolsonaro esbarra em qualquer semáforo desse país de famintos e desempregados', escreveu um parlamentar

Foto: POOL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Apoie Siga-nos no

O discurso do presidente Jair Bolsonaro, na 76ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas nesta terça-feira 21, provocou fortes reações de políticos nas redes sociais.

O deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), líder da minoria na Câmara, chamou o presidente de “mentiroso compulsivo” enquanto discursava.

“O chefe de uma quadrilha de ladrões de vacina falando que não tem corrupção no governo. Bolsonaro é um mentiroso compulsivo”, manifestou-se o parlamentar em uma rede social.

“Bolsonaro atacou a imprensa, fez pregação antivacina, promoveu medicamentos ineficazes contra a Covid, disse que não há corrupção no governo e mentiu sobre a destruição na Amazônia. Um vexame que degrada ainda mais a imagem do Brasil no mundo”, acrescentou o deputado.

Para a presidenta do PCdoB, Luciana Santos, também vice-governadora de Pernambuco, as declarações do presidente foram uma sucessão de mentiras.

“Vergonha na ONU. Discurso de Bolsonaro é sucessão de mentiras. Descredenciou a mídia, defendeu o tratamento precoce, negou a realidade da miséria, do desmatamento, do descaso com a pandemia e com nossos indígenas. Um desserviço imensurável para a imagem e a economia do Brasil”, escreveu Luciana no Twitter.


O líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), classificou o discurso como mentiroso e negacionista.

“O discurso mentiroso e negacionista de Bolsonaro envergonha nosso país na Assembleia Geral da ONU. Seu governo fez do Brasil um exemplo? Apoiou a vacina? Nem ele acredita nisso. O Brasil inventado por Bolsonaro esbarra em qualquer semáforo desse país de famintos e desempregados”, disse.

Já a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a participação de Bolsonaro foi um “grande vexame”.

“Do desemprego à corrupção, da fome à destruição do meio ambiente, do desastre da economia ao atraso das vacinas, verdade passou longe. Foi a fala de um farsante q está destruindo o país, os direitos do povo e a democracia”, afirmou a deputada.

Para Orlando Silva (PCdoB-SP), o presidente “fez um discurso para a horda de fascistas. Nenhum compromisso com a realidade”.

O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) apontou as mentiras do presidente. “Uma curiosidade pra vocês: ano passado o Bolsonaro disse que havia dado 1000 dólares de auxílio emergencial. Esse ano baixou pra 800 dólares. Por que será?”, atentou-se.

 

 

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.