Ações publicitárias que tiveram verba liberada no Orçamento de Guerra em 2020 para promover ações de prevenção contra a Covid-19 foram utilizadas em outros Ministérios para promover o governo federal.
Documentos analisados pelo jornal Folha de S. Paulo em reportagem publicada neste domingo 13 mostram que pastas como Economia e Casa Civil utilizaram o recurso da Secom, em tese reservado para campanhas voltadas à emergência sanitária, para informar sobre créditos de micro e pequenas empresas e repasses do governo federal aos estados. O total do recurso gira em torno de R$ 52 milhões que teriam sido desviados.
Os informes publicitários iam desde o pagamento do auxílio emergencial e Bolsa Família até a suspensão da conta de luz e saques adiantados do FGTS.
Em nota, a Secom discorda da tese de desvio e afirma que ações de combate à Covid-19 “abrangem diversas áreas impactadas pela pandemia e informam sobre as medidas adotadas no âmbito do Executivo Federal para mitigar seus efeitos e reduzir os impactos na vida das pessoas”.
A pasta era comandada por Fábio Wajngarten até março de 2021.
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