A Universidade de São Paulo decidiu expulsar seis estudantes da instituição por fraudarem as cotas direcionadas a pessoas pretas, pardas e indígenas. A decisão ocorreu na quinta-feira 22 após reunião do Conselho de Graduação da universidade.
Os alunos pertenciam à Faculdade de Medicina, em São Paulo,à Faculdade de Odontologia, em Bauru, interior do estado, e à Escola de Enfermagem, também na capital, de acordo com o Comitê Antifraude às Cotas Raciais. Os estudantes têm um prazo para apresentar pedido de reconsideração da decisão.
No início do mês, a Folha de S. Paulo publicou uma reportagem apontando que de 193 processos por fraudes em cotas raciais, a universidade só tinha concluído um deles, ou seja, 0,5% do total.
A reportagem apontou ainda que do total de 381 denúncias, a Pró-Reitoria de Graduação tinha descartado 160 por falta de indícios de materialidade; outras 27 denúncias não prosperaram pelo fato de os próprios alunos cancelarem suas matrículas por conta própria.
A Universidade aprovou em 2017 a implantação de cotas raciais e de escola pública no vestibular da Fuvest. Em 2020, a USP expulsou um estudante pela primeira vez ao fraudar o sistema de cotas raciais e sociais.
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