O jornal francês Le Monde publicou nesta terça-feira 31 um artigo sobre a atuação e o papel político exercido por Janja desde que se tornou primeira-dama. O periódico dedicou o espaço na marca de um ano da vitória de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL), em 30 de outubro de 2022.
O veículo destaca a influência política de Janja no governo e enaltece as iniciativas que a primeira-dama encabeça, como o combate ao feminicídio. A atuação, diz o jornal, tem garantido a ela uma significativa popularidade entre a esquerda. Um termômetro é o fato de Janja reunir 2,3 milhões de seguidores em sua conta no Instagram, três vezes mais que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
O artigo discorre sobre a presença de Janja em diversas agendas políticas e menciona o fato de ela ser a única primeira-dama a participar das sessões do G20 em Nova Délhi, na Índia. Também reconhece a sua influência direta em outras iniciativas, como na articulação para que Lula subisse a rampa presidencial cercado por representantes da sociedade civil e, posteriormente, na nomeação de Margareth Menezes para o Ministério da Cultura.
Em declaração ao jornal, o cientista político Cláudio Couto reconheceu que Janja se destaca em um país machista e que frequentemente lidou com as primeiras-damas como mulheres “apagadas e marginalizadas”. Marcela Tedeschi, esposa de Michel Temer (MDB), chegou a ser retratada pela revista Veja como uma mulher “bela, reservada e do lar”, destacou o periódico.
O jornal ainda reconhece que Janja é alvo constante de campanhas difamatórias da extrema-direitaa. “A primeira-dama brasileira não recebe, segundo a lei, nenhum salário ou orçamento próprio”, ressalta a publicação. Le Monde também projeta que Janja terá influência no cenário eleitoral de 2024, ano de pleitos municipais, durante os quais ela planeja viajar pelo País.
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