CartaExpressa

Uber e outras empresas estão dispostas a discutir regulamentação, diz Luiz Marinho

A ideia do governo Lula é promover uma alteração na legislação para garantir direitos aos trabalhadores de aplicativo

Uber e outras empresas estão dispostas a discutir regulamentação, diz Luiz Marinho
Uber e outras empresas estão dispostas a discutir regulamentação, diz Luiz Marinho
À própria sorte. Os “colaboradores” dos aplicativos reclamam da falta de amparo e de transparência. O Uber diz que as regras constam do Código da Comunidade - Imagem: iStockphoto
Apoie Siga-nos no

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), afirmou nesta segunda-feira 6 que empresas donas de aplicativos como o Uber e iFood estão dispostas a discutir os termos da regulamentação do trabalho a ser proposta pelo governo federal. A ideia é promover uma alteração na legislação trabalhista para garantir direitos aos trabalhadores da área.

“As empresas estão dispostas a discutir. Na Espanha, no processo de regulação, o Uber e mais alguém disseram que iam sair. Esta rebeldia durou 72 horas. Era uma chantagem. Me falaram: ‘E se o Uber sair?’. Problema do Uber. Não estou preocupado”, disse, em entrevista ao Valor Econômico.

Marinho ainda classificou a possibilidade de a Uber fechar seus negócios no País como “chantagem” e declarou que, caso a empresa estadunidense deixe o mercado brasileiro, o governo federal pode chamar os Correios para substituí-la. “Cria outro [aplicativo]. Posso chamar os Correios, que é uma empresa de logística e dizer para criar um aplicativo e substituir. Aplicativo se tem aos montes no mercado”, pontuou.

De acordo com o ministro, a ideia é incluir os trabalhadores de aplicativo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A inclusão na Consolidação das Leis do Trabalho, contudo, ainda não foi decidida pela pasta.

“Você pode ter relações que caibam na CLT ou que se enquadrem, por exemplo, no cooperativismo. Aliás, o cooperativismo pode se livrar do iFood, da Uber. Porque aí nasce alguma coisa que pode ser mais vantajosa, especialmente para os trabalhadores.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo