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‘Tudo demonstra que vão ser eu e o Lula’, diz Bolsonaro sobre segundo turno

Presidente criticou aliança do petista com Alckmin e disse ser de 90% a chance do seu vice ser Braga Netto

Fotos: Evaristo Sá/AFP e Fabrice COFFRINI/AFP
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta segunda-feira 11 que a composição eleitoral entre ele e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, estaria praticamente sacramentada. A afirmação foi feita em entrevista a veículos do grupo O Liberal.

“Pode ser que eu continue com outro general do Exército, porque isso dá uma credibilidade à nossa chapa”, respondeu inicialmente ao ser indagado sobre quem seria seu vice. Em seguida, diante da insistência no assunto, sacramentou: “90% de chance de ser o Braga Netto, fechou?”

Bolsonaro e seus aliados têm feito insistentes insinuação de que o general estará na chapa para concorrer às eleições em outubro deste ano. Ele ocupará o lugar de Hamilton Mourão, também general, que disputará uma vaga no Senado. Ao longo dos quatro anos, Mourão viveu em constantes embates com Bolsonaro, sendo, inclusive, desautorizado pelo ex-capitão em diferentes ocasiões.

No sábado 9, Eduardo Bolsonaro, deputado e filho do presidente, também sinalizou que a composição estaria sacramentada. Ao criticar a chapa formada entre Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), o parlamentar publicou uma foto de Bolsonaro ao lado de Braga Netto com a legenda ‘nunca foi tão fácil escolher’. Antes, o ‘zero três’ cometeu uma gafe ao postar apenas a foto do petista, abrindo margens para interpretações de que estaria elogiando o ex-presidente. A mensagem foi apagada minutos depois e repostada com uma composição de fotos com os quatro políticos.

A chapa entre Lula e o ex-governador de São Paulo também foi alvo de Bolsonaro durante a entrevista desta segunda-feira. Pouco antes de tratar da sua aliança com Braga Netto, Bolsonaro direcionou críticas aos dois adversários:

“Tudo demonstra que [no segundo turno] vai ser eu e o Lula. Lula fechou até time, escalou aí o Geraldo Alckmin. Um ferrenho opositor que atacava o PT por décadas e agora, pelo poder, se uniram. Ou seja, se era inimigo lá atrás e são inimigos hoje, ou mentiam lá atrás ou mentem atualmente”, disse. “Isso que o povo tem que entender. Pelo poder eles se unem a qualquer coisa”, acrescentou logo em seguida.

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