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TSE manda empresas do Paraná suspenderem disparo massivo de SMS com ameaça golpista
As mensagens tinham teor pró-Bolsonaro e defendiam o fechamento da Suprema Corte


O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, exigiu, nesta segunda-feira 26, que as empresas Informação e Comunicação do Estado do Paraná (Celepar) e Algar Telecom S.A. suspendam imediatamente o disparo em massa de SMS com ameaças antidemocráticas.
A pena de multa em caso de descumprimento é de 50 mil reais por dia.
Uma das mensagens disparadas pela empresa a clientes de todo o Paraná dizia: “Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senao (sic), vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nos (sic)!!”
A decisão do ministro responde a ação de investigação eleitoral apresentada ao TSE pelo ex-presidente Lula, que acusou o chefe do Executivo de abuso de poder econômico e pediu a suspensão imediata do envio das mensagens.
O magistrado afirmou na decisão que “as informações trazidas pela autora [coligação do PT] indicam que, aparentemente, as autoridades administrativas paranaenses agiram de forma efetiva para impedir a continuidade dos disparos em massa”.
No entanto, Gonçalves afirmou que não foram apresentados indícios de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha envolvimento no caso. Ele deu prazo de cinco dias para que o ex-capitão apresente sua defesa na ação eleitoral.
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