O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Benedito Gonçalves, estendeu por 90 dias uma investigação sobre a atuação de grupos na internet que divulgam notícias fraudulentas sobre o sistema eleitoral.
A medida foi tomada no âmbito de um inquérito administrativo aberto pela Corte em agosto de 2021 para apurar ataques infundados de Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas.
Gonçalves afirmou que o resultado da eleição presidencial, embora fruto legítimo da vontade popular, continuou a ser alvo de “ameaças severas”. Ele mencionou os atos “desabridamente antidemocráticos e as insidiosas conspirações” desde a vitória de Lula (PT), como as ações de terrorismo em 8 de janeiro.
“Embora a diplomação tenha encerrado formalmente o processo eleitoral, um clima de articulação golpista seguiu rondando as Eleições 2022“, escreveu o ministro.
O pedido de prorrogação nas investigações partiu da Polícia Federal. Uma das pendências envolve um possível financiamento privado de manifestações em prol do voto impresso no 7 de Setembro de 2021, dia em que Bolsonaro chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e do TSE, de “canalha” e estimulou a desobediência a decisões do Judiciário.
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