A conta judicial aberta pelo Tribunal Superior Eleitoral para receber os recursos de monetização de canais bolsonaristas bloqueados no YouTube e em outras plataformas já recebeu cerca de 500 mil reais desde agosto. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
No mês passado, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luís Felipe Salomão, atendeu a um pedido da Polícia Federal e suspendeu a monetização de 14 canais no YouTube. Ele ainda determinou a interrupção de pagamentos por transmissões ao vivo.
Salomão destacou que os canais “comprovadamente vêm se dedicando a propagar desinformação” e, por isso, a medida seria “razoável e efetiva porque, em tese, retira o principal instrumento utilizado para perpetuar as práticas sob investigação, qual seja, o estímulo financeiro”.
“Na maior parte do conteúdo analisado, o que se constata não é a veiculação de críticas legítimas ou a proposição de soluções para aperfeiçoar o processo eleitoral – plenamente garantidas aos cidadãos e aos meios de comunicação -, mas sim o impulsionamento de denúncias e de notícias falsas acerca de fraudes no sistema eletrônico de votação, que, contudo, já foram exaustivamente refutadas diante de sua manifesta improcedência, inclusive pela própria Polícia Federal”, acrescentou o ministro.
A medida foi tomada no âmbito do inquérito instalado pelo TSE após uma live promovida pelo presidente Jair Bolsonaro em 29 de julho na qual ele divulgou fake news sobre o sistema eleitoral e atacou as urnas eletrônicas.
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