CartaExpressa

‘Trouxeram gente da 3ª divisão para jogar a Champions League’, diz Gilmar sobre governo na pandemia

Segundo o ministro do STF, ‘tínhamos pessoas erradas nos lugares errados’

O ministro Gilmar Mendes, decano do STF. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, voltou a defender nesta segunda-feira 27 a atuação da Corte na pandemia e rebateu as principais críticas do presidente Jair Bolsonaro.

“O governo, pela voz do presidente e de seus seguidores, repudiava qualquer medida de isolamento social. O STF reconheceu, e me parece que não tinha como não fazê-lo, que o tema da saúde exige cooperação tripartite: União, estados e municípios. É a realização do federalismo cooperativo”, disse o ministro em evento virtual promovido pelo site Metrópoles.

Mendes também citou a resistência do então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, em finalizar a compra das vacinas da Pfizer sob o argumento de uma “exigência que se impunha de ter uma arbitragem para eventual questão de responsabilidade”.

“A pergunta que me ocorreu foi a seguinte: se o mundo todo está comprando a vacina segundo os critérios estabelecidos, por que nós estamos dispostos a fazer algo diferente? E acabei tendo razão, porque as vacinas da Pfizer acabaram sendo compradas, como outras”, afirmou.

“Tínhamos pessoas erradas nos lugares errados. Em um momento de grave crise, em que precisávamos dos melhores experts, nós tínhamos pessoas sem a mínima qualificação para ocupar os lugares que estavam a ocupar”, criticou Gilmar.

“Dá para perceber que o profissionalismo passou longe, em um momento em que nós precisávamos de profissionais. Tenho brincado que o Brasil às vezes tem se permitido trazer gente da 3ª divisão para jogar a Champions League“, finalizou o ministro do STF.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar