CartaExpressa

Toffoli suspende norma do Maranhão que dava foro privilegiado a diretores da Assembleia Legislativa

O Solidariedade foi ao STF sob o argumento de que apenas a União pode legislar sobre direito processual e crimes de responsabilidade

Toffoli suspende norma do Maranhão que dava foro privilegiado a diretores da Assembleia Legislativa
Toffoli suspende norma do Maranhão que dava foro privilegiado a diretores da Assembleia Legislativa
Ministro Dias Toffoli, durante a sessão plenária do STF. Foto: Gustavo Moreno/STF
Apoie Siga-nos no

O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli suspendeu os efeitos de uma norma da Constituição do Maranhão que estende a ocupantes de cargos comissionados de diretores e de procuradores da Assembleia Legislativa o foro por prerrogativa de função de secretários de Estado.

O Solidariedade apresentou ao STF uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, sob o argumento de que apenas a União pode legislar sobre direito processual e crimes de responsabilidade.

Em sua decisão, assinada na última segunda-feira 9, Toffoli afirmou ser entendimento do STF que, como a Constituição Federal não prevê o foro privilegiado a cargos de natureza administrativa, não é possível um estado editar uma norma a fixar o benefício para essas autoridades.

“É preciso considerar que as normas que estabelecem o foro por prerrogativa de função são excepcionais e, como tais, devem ser interpretadas restritivamente”, escreveu o relator.

Cabe recurso contra a decisão individual. Leia o despacho de Toffoli:

Toffoli

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo