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Toffoli autoriza dono de posto que deu origem à Lava Jato a acessar mensagens de procuradores
O ministro do STF citou casos semelhantes em que investigados puderam ler os diálogos


O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli autorizou Carlos Habib Chater a acessar as mensagens trocadas por integrantes da força-tarefa de Curitiba (PR) da Lava Jato. O doleiro é o dono do posto de combustíveis que deu origem à operação.
A decisão foi tomada na quinta-feira 13. O magistrado acolheu o argumento de que, por Chater ter sido o principal alvo da primeira fase da Lava Jato, deveria acessar os diálogos que compõem o acervo da Operação Spoofing.
A estratégia vem sendo adotada pelas defesas de diversos investigados. Para embasar a decisão, Toffoli citou casos em que o Supremo já decidiu de maneira favorável a alvos da operação que buscam a íntegra das mensagens.
O ministro também apontou que “já foram deferidos diversos compartilhamentos das informações” a órgãos como o Tribunal de Contas da União, o Superior Tribunal de Justiça e a Advocacia-Geral da União.
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