A ministra do Planejamento, Simone Tebet, recomendou às autoridades a apreensão do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro, em meio ao avanço de investigações da Polícia Federal. A declaração foi concedida nesta sexta-feira 18, na cerimônia de posse do novo pesidente do IBGE, Márcio Pochmann, com a presença do presidente Lula, em Brasília.
Na quinta 17, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-capitão e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O pedido foi apresentado pela PF na investigação sobre o desvio de presentes recebidos em viagens oficiais pelo governo Bolsonaro.
Outro episódio negativo para Bolsonaro na quinta-feira veio da CPMI do 8 de Janeiro, com a oitiva do hacker Walter Delgatti. O depoente declarou à comissão que, em 2022, o então presidente prometeu lhe conceder um indulto caso assumisse a autoria de um suposto grampo telefônico com “conversas comprometedoras” de Moraes.
Bolsonaro teria garantido que o suposto grampo motivaria uma ação contra o magistrado e justificaria a realização de uma eleição com o voto impresso.
“Graças ao trabalho da PF e dos depoimentos na CPMI, podemos dizer que o cerco se fechou contra o ex-presidente da República. Está apontado como mandante da tentativa de fraude nas urnas eletrônicas e de fraude à decisão sempre legítima do povo brasileiro”, disse Tebet nesta sexta. “A eles o rigor da lei. E não se enganem: que busquem o mais rápido possível apreender o passaporte, porque quem fugiu para não passar a faixa a um presidente legitimamente eleito pelo povo com certeza vai querer abandonar o Brasil para poder salvar a própria pele.”
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