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TCU diz que Defesa usou verba da Covid para comprar salmão, bacalhau e bebidas alcoólicas

De acordo com o tribunal, foram usados R$ 535 mil em itens considerados de luxo

O ex-ministro da Defesa Braga Netto e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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Uma auditoria do Tribunal de Contas da União constatou que o Ministério da Defesa usou parte da verba de combate à Covid-19 para comprar filé mignon, picanha, salmão, bacalhau e bebidas alcoólicas. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com o jornal, a partir do de levantamento sigiloso feito pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas, foram usados 535 mil reais em itens considerados de luxo.

A análise do TCU mostra ainda que, dos órgãos superiores dos três Poderes, a Defesa foi o que mais gastou recursos para compra de itens considerados não essenciais.

“Não parece razoável alocar os escassos recursos públicos na compra de itens não essenciais, especialmente durante a crise sanitária, econômica e social pela qual o país está passando, decorrente da pandemia”, diz o relatório do tribunal.

“Ressalte-se que, dos recursos destinados ao combate à pandemia Covid-19 utilizados indevidamente para aquisição de itens não essenciais (aproximadamente R$ 557 mil), 96% foram despendidos pelo Ministério da Defesa”, mostrou o documento.

Em nota ao jornal, a assessoria de imprensa da pasta justificou os gastos dizendo que as atividades do Exército, da Marinha e da Aeronáutica foram mantidas na pandemia.

“Além de não servir à finalidade a que se destina, a contratação desse tipo de insumo fere o princípio da moralidade previsto no art. 37 da Constituição Federal de 1988, o qual está diretamente relacionado à integridade nas compras públicas”, rebate o relatório.

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