CartaExpressa
TCU abre processo para investigar a compra de Viagra pelas Forças Armadas
O procedimento mira possível desvio de finalidade e eventual superfaturamento na aquisição dos medicamentos


O Tribunal de Contas da União abriu um processo para apurar suposto desvio de finalidade na compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas, além de possível superfaturamento. A investigação, instaurada na terça-feira 12, terá o ministro Weder de Oliveira como relator.
A Corte acolheu uma representação encaminhada pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-Go). Eles identificaram, via Portal da Transparência, oito pregões destinados à compra dos medicamentos.
Cerca de 27 mil unidades foram destinadas ao Comando da Marinha, 4,8 mil ao comando do Exército e 2 mil ao comando da Aeronáutica.
Os parlamentares questionam o motivo para a aquisição dos medicamentos, realizada entre 2020 e 2021, e apontam que o Ministério da Defesa concretizou a compra com superfaturamento de até 143%.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Jornal britânico destaca a ‘farra do Viagra’ e o ‘constrangimento do populista Bolsonaro’
Por CartaCapital
Bolsonaro diz a evangélicos que Viagra das Forças Armadas é para hipertensão
Por Estadão Conteúdo