O Tribunal de Contas da União abriu uma apuração para investigar as denúncias que recaem sobre o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
O órgão atendeu a um pedido feito pelo Ministério Público de Contas pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado. Na representação, o magistrado destacou que “quando praticado no âmbito da administração pública, o assédio gera a percepção, na sociedade, de que as instituições estatais não se pautam em valores morais nem são conduzidas segundo elevados padrões de conduta”.
O TCU diz que as denúncias de assédio contra o ex-presidente podem configurar violação ao princípio da moralidade na administração pública conforme previsto no artigo 37 da Constituição.
Entenda o caso
Inicialmente, funcionárias da Caixa denunciaram Pedro Guimarães por assédio sexual. No dia 28, o site Metrópoles, que registrou depoimentos em vídeo que preservam as identidades das vítimas. Conforme as denúncias, ele agia de forma inapropriada diante de funcionárias do banco, com toques íntimos não autorizados, convites incompatíveis com uma relação profissional e outras formas de assédio. Dias depois, novos depoimentos de funcionários da Caixa, ainda ao Metrópoles, indicaram que ele também assediava moralmente seus subordinados.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login