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Tarcísio deve explicar funcionamento de novas câmeras corporais da PM, determina Barroso

O governo paulista quer que policiais usem câmeras que não gravam de maneira ininterrupta

Tarcísio deve explicar funcionamento de novas câmeras corporais da PM, determina Barroso
Tarcísio deve explicar funcionamento de novas câmeras corporais da PM, determina Barroso
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF. Foto: Rosinei Coutinho/STF
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou que o governo de São Paulo esclareça como pretende utilizar as novas câmeras policiais adquiridas pelo estado.

Na decisão, tomada nesta quinta-feira 21, o ministro indicou que o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) prestou informações “insuficientes para o adequado monitoramento dos compromissos assumidos”.

O caso em questão trata da aquisição de 12 mil câmeras corporais da empresa Motorola Solutions, que venceu uma licitação promovida pelo governo paulista em setembro.

No negócio, o governo Tarcísio decidiu comprar equipamentos que podem ser gravados de forma intencional. Na prática, caberá ao policial usuário da câmera a decisão de gravar ou não uma ocorrência.

A Defensoria Pública, autora da ação apreciada por Barroso, já tinha pedido, em abril, que o STF analisasse como as câmeras são usadas pelos policiais de São Paulo. A Corte, porém, indeferiu o pedido, mas, em junho, com o edital para adquirir as novas câmeras, um outro pedido foi feito ao STF. É sobre esse segundo pedido que trata a decisão de Barroso.

Agora, o presidente do STF quer tomar conhecimento da íntegra de todos os contratos referentes ao fornecimento de câmeras corporais. O magistrado também determinou que o governo Tarcísio apresente o cronograma de execução do contrato, explicando como serão feitos os testes, o treinamento dos policiais e a implantação das câmeras.

A gestão paulista também deve entregar relatórios de testes das câmeras e explicar em que estado está o desenvolvimento do software que permite gravações de modo “remoto automático”. 

A decisão de Barroso acontece um dia depois da ação em que um policial militar matou o estudante universitário Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, em Vila Mariana, bairro da Zona Sul da capital paulista. Os agentes envolvidos no caso usavam câmeras corporais.

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