O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro afirmou, nesta quinta-feira 26, que recebeu com “surpresa” a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro abriu mão de prestar depoimento presencial no inquérito sobre interferência na Polícia Federal.
Em nota da defesa, Moro afirmou que não vê “justificativa aparente” para tal decisão. As investigações apuram se Bolsonaro praticou interferência política para trocar o comando da PF, segundo acusações proferidas pelo ex-ministro da Justiça ao deixar o governo federal em 24 de abril. O inquérito está no Supremo Tribunal Federal (STF).
“A defesa do ex-ministro Sergio Moro recebe com surpresa o declínio do presidente da República de atender à determinação para depor em inquérito no qual é investigado. A negativa de prestar esclarecimentos, por escrito ou presencialmente, surge sem justificativa aparente e contrasta com os elementos reunidos pela investigação, que demandam explicação por parte do presidente da República”, declara a nota.
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