CartaExpressa

STF valida mudança na Constituição do RS para dispensar consulta popular em privatizações

O relator, Cristiano Zanin, não viu conflito com a Constituição Federal

STF valida mudança na Constituição do RS para dispensar consulta popular em privatizações
STF valida mudança na Constituição do RS para dispensar consulta popular em privatizações
Ministro Cristiano Zanin na sessão plenária do STF. Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF.
Apoie Siga-nos no

O Supremo Tribunal Federal confirmou, por unanimidade, a validade de uma mudança na Constituição do Rio Grande do Sul que derrubou a exigência de plebiscito para a privatização de três estatais.

O caso se refere à Companhia Estadual de Energia Elétrica, à Companhia Rio-Grandense de Mineração, e à Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul. As ações analisadas pelo STF partiram do PT, do PCdoB, do PSOL e do PDT.

Segundo os partidos, revogar a garantia da consulta popular antes da desestatização atropelaria a Constituição Federal.

Para o relator do caso, Cristiano Zanin, porém, o entendimento do STF é que a Constituição Federal condiciona a criação de empresas públicas e sociedades de economia mista a um aval do Poder Legislativo, mas não trata especificamente da privatização de estatais criadas pelos estados.

O ministro argumentou que a retirada do plebiscito para a privatização das empresas gaúchas não torna o processo menos democrático, uma vez que ainda é necessária a aprovação de lei pela Assembleia Legislativa.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo