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STF sobreviveu ao populismo autoritário e à tentativa de interferir nas urnas, diz Gilmar na posse de Barroso

Os atos de 8 de Janeiro, segundo o decano da Corte, representaram o ‘ápice nesse inventário das infâmias golpistas’

A posse de Luís Roberto Barroso na presidência do STF. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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Decano do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes disse nesta quinta-feira 28 que a posse de Luís Roberto Barroso na presidência significa que a Corte sobreviveu aos anos de ameaças geradas pelo “populismo autoritário”.

“Naqueles tempos de calmaria e normalidade essa continuidade era um dado. Meses atrás, era por muitos considerado uma dúvida. Essa Corte suportou, durante um par de anos, as ameaças de um populismo autoritário“, afirmou Gilmar. “Por tudo isso que se viveu, a presente cerimônia simboliza mais que a continuidade de uma linhagem sucessória institucional. Ela assume um colorido novo.”

Os atos de 8 de Janeiro, segundo Gilmar, representaram o “ápice nesse inventário das infâmias golpistas”.

“Esta Corte suportou sórdidas alfenas disparadas contra seus membros, não raras contra seus parentes e inúmeras tentativas de interferência das urnas eleitorais, conspirações para prender membros do STF, atos de terrorismo e ameaças de explosões, algumas concretizadas, como no aeroporto de Brasília”, acrescentou.

Barroso assumiu nesta quinta o lugar deixado pela ministra Rosa Weber, que se aposenta compulsoriamente por completar 75 anos. O magistrado deve ficar até 2025 na presidência do Supremo.

Há dez anos na Corte, ele é doutor em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e foi indicado pela ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).

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