CartaExpressa

STF agenda julgamento sobre o alcance da Justiça Militar

Na mira do processo está a competência para a análise de crimes cometidos em atribuições subsidiárias das Forças Armadas

STF agenda julgamento sobre o alcance da Justiça Militar
STF agenda julgamento sobre o alcance da Justiça Militar
O ex-ministro Ricardo Lewandowski. Foto: Nelson Jr./SCO/STF O ministro Ricardo Lewandowski. Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Apoie Siga-nos no

O Supremo Tribunal Federal agendou para esta quarta-feira 8 o julgamento que decidirá sobre o alcance da Justiça Militar em crimes contra civis. A análise, que ocorria no plenário virtual, recomeçará no presencial, devido a um pedido de destaque do ministro Ricardo Lewandowski.

Permanecerá válido o voto do ex-ministro Marco Aurélio Mello, hoje aposentado, mas relator do processo à época em que o julgamento começou. Os demais ministros que já votaram poderão confirmar sua manifestação original ou alterá-la.

A ação foi apresentada em 2013 pelo então procurador-geral da República Roberto Gurgel. O órgão questiona a constitucionalidade da norma que inseriu na competência da Justiça Militar o julgamento de crimes cometidos no exercício das atribuições subsidiárias das Forças Armadas, a exemplo da chamada Garantia da Lei e Ordem, na defesa civil, no patrulhamento de áreas de fronteira e quando requisitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Em seu voto, Marco Aurélio argumentou que “a partir da competência constitucionalmente atribuída à Justiça Militar da União, para processar e julgar crimes cometidos por militares em atuação típica, não se pode concluir pela ampliação excessiva da competência da Justiça castrense”. Ele defendeu, portanto, rejeitar a peça apresentada pela PGR.

Marco Aurélio havia sido acompanhado por Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Dias Toffoli. Divergiram Ricardo Lewandowski e Edson Fachin.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo