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SP: Domésticas, motoristas e pedreiros estão entre as principais vítimas da Covid-19
Estudo do Instituto Pólis aponta que 76,7% dos trabalhadores que vieram a óbito não tinham completado a educação básica
Depois dos aposentados, as empregadas domésticas, pedreiros e motoristas de táxi e aplicativo despontam entre os os grupos de trabalhadores que mais registraram mortes por Covid-19 na cidade de São Paulo. Os dados são de uma pesquisa do Instituto Pólis com base em dados da Secretaria Municipal de Saúde.
De um total de 30 mil mortes registradas, os aposentados correspondem a 32,2% do total, 9.925 óbitos. Após o grupo, pelo menos 15,7% das vítimas fatais eram donas de casa, seguido de um grupo sem informações sobre a ocupação, com registros de 12,7% de óbitos. Também há destaque para o setor do comércio que registrou 5% das mortes no período.
Pouco mais de um quinto dos óbitos (21,6%) corresponde a pessoas que atuavam em atividades essenciais, como saúde, segurança pública e transporte. Do contingente, 6,5% corresponde a trabalhadores domésticos e da construção civil, que continuaram exercendo suas atividades no período.
A situação das domésticas chama a atenção. O grupo corresponde a 2,3% das mortes totais, pouco menos da metade do que o registrado no comércio, por exemplo, com a diferença de que o contingente das trabalhadoras domésticas é de cerca de 230 mil e do setor do comércio mais de um milhão. O grupo é formado majoritariamente por mulheres (90,8%), das quais 53,6% são negras.
No setor da construção civil, com 4,1% do total de mortes, 1268 óbitos no total, a grande parte (33%) se deu entre pedreiros. Apenas 10,6% das mortes no grupo atingiu engenheiros civis.
No grupo de transporte e tráfego, onde foi verificada 980 mortes, 78,7% são motoristas de táxi ou aplicativos.
O estudo ainda confirma que 37,8% das pessoas que morreram estavam empregadas no mercado de trabalho. E que 76,7% não tinham completado o ciclo da educação básica, ou seja, tinham menos de 11 anos de estudo.
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