O Exército formalizou nesta quinta-feira 16 a saída do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes da chefia do Comando Militar do Planalto. Ele passará a ocupar um posto na subchefia do Estado-Maior da Força.
Dutra de Menezes se tornou alvo de desconfianças do governo Lula após os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Com a mudança, portanto, ele deixará o sensível Batalhão da Guarda Presidencial, subordinado ao CMP. O general responderá ao novo chefe do Estado-Maior, Fernando Soares Santana.
Em depoimento na semana passada à Polícia Federal, o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime acusou o Exército de “frustrar todos os planejamentos e as tentativas” de retirar os bolsonaristas do acampamento instalado em frente ao quartel-general de Brasília.
Naime afirmou ter participado de uma reunião no Palácio do Planalto em dezembro, durante a qual teria sido detalhado o plano para desmobilizar o acampamento. A ação, segundo ele, ocorreria antes da posse do presidente Lula (PT).
O coronel disse que a PM “colocou todos os meios necessários à disposição do Exército Brasileiro”, mas, posteriormente, recebeu a informação de que Dutra de Menezes havia suspendido a operação por ordem do comandante do Exército à época, general Júlio César de Arruda. No mês passado, Lula demitiu Arruda e escolheu o general Tomás Ribeiro Paiva para chefiar a Força.
Oficialmente, o Exército trata as mudanças desta quinta como atos de rotina.
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