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Sob Bolsonaro, governo federal tem aumento de denúncias de assédio sexual

No primeiro semestre deste ano o número foi de 214, media de um por dia

Sob Bolsonaro, governo federal tem aumento de denúncias de assédio sexual
Sob Bolsonaro, governo federal tem aumento de denúncias de assédio sexual
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães. Foto: Isac Nóbrega/PR
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O governo federal teve, este ano, em média uma denúncia de assédio sexual por dia. Já no ano passado, o aumento dos casos em relação a 2020 foi de 65,1%, um volume recorde de 251 denúncias. Os dados são da Controladoria Geral da União. A informação foi antecipada pelo jornal O Globo.

O salto nos casos acontece desde 2019, ano em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiu o governo. Neste ano, só no primeiro semestre, os casos somaram 214.

Ainda de acordo com a CGU, do total de denúncias registradas em ministérios, 31 delas foram feitas por funcionários da pasta da Justiça e Segurança Pública. Em seguida, aparece o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos com 23 denúncias; o ministério da Educação aparece na sequência com 18. Outras quatro foram registradas na ouvidoria da Presidência da República.

Do total de ocorrências encaminhadas entre 2019 e este ano, 12,5% dos casos foram arquivados por falta de elementos mínimos para se abrir uma apuração.

As denúncias são registradas nas ouvidorias federais da administração federal e posteriormente compiladas por auditores da CGU em uma plataforma de acompanhamento. Elas podem referir-se à qualquer estrutura do governo de um ministério a uma universidade federal.

O caso mais recente refere-se ao ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que é acusado de cometer assédio sexual e moral contra funcionárias. O caso é investigado pelo Ministério Público Federal. Ele deixou o cargo esta semana após as denúncias virem à tona.

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