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Sindicato de advogados condena operação da PM no Guarujá: ‘Vingança desproporcional’
O coletivo também entende que o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de segurança, Guilherme Derrite, dão ‘mau exemplo’ ao virem a público enaltecer a ação policial
O Sindicato dos Advogados de São Paulo publicou uma nota, nesta segunda-feira 31, condenando a operação policial realizada no Guarujá, litoral de São Paulo, após a morte do soldado da Rota Patrick Bastos Rei, na última semana.
Para a o grupo a ação é ‘absolutamente reprovável’, ao passo que executou ‘uma vingança desproporcional’.
“O recente caso do jovem Soldado da Rota Patrick Bastos Reis, morto numa operação policial no Guarujá, é uma perda para sociedade e para segurança pública de São Paulo”, grafa o coletivo que pondera, a seguir:
“Dito isso, o que o Estado fez é absolutamente reprovável, partiu para uma vingança desproporcional, com invasão à comunidade, aparentemente sem nenhum plano e matando a esmo, torturando, intimidando os moradores, tratando a todos como suspeitos e bandidos”.
O sindicato também questionou a postura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do secretário de segurança pública, Guilherme Derrite, que declararam não terem visto excesso na operação que deixou dezenas de mortos.
“As autoridades do Estado devem se submeter às leis, e não se comportarem como pretensos justiceiros, produzindo chacinas, como vingança. O Estado deve fazer todos os esforços para garantir a segurança pública, mas não à custa de execuções extrajudiciais e maior letalidade, sem que haja o devido processo legal”.
As forças de segurança paulistas divergem na contagem dos mortos na operação. A Ouvidoria da Polícia de São Paulo fala em ao menos 10 mortes, enquanto Derrite citou 8 óbitos e 10 prisões em flagrante.
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