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Servidor preso após tentar entrar com munições na Câmara perderá cargo no Ministério da Saúde
Eduardo Figueira de Sousa será exonerado do cargo de ‘assessor técnico especializado’ na Secretaria de Atenção Especializada à Saúde


O servidor do Ministério da Saúde que foi preso em flagrante após tentar entrar com munições na Câmara dos Deputados, na última terça-feira, será exonerado da função que exerce na pasta. Eduardo Figueira de Sousa foi comunicado da demissão em reunião com sua chefia, nesta quarta-feira.
Ele perderá a função de “assessor técnico especializado” na Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, onde atuava. A exoneração deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias. “A pasta está adotando as medidas administrativas necessárias para o devido encaminhamento da situação”, diz nota do Ministério enviada a CartaCapital.
Segundo dados do Portal da Transparência, Eduardo ingressou no serviço público em 1979, sem concurso público, mas conquistou estabilidade com a Constituição de 1988. No Ministério da Saúde, ele trabalha desde 1991. Como possui estabilidade, o servidor perderá apenas a função comissionada na Saes.
A pasta não informou se ele será alvo de um processo administrativo disciplinar, o que pode levar à sua demissão do serviço público. Somando a gratificação, Eduardo recebe salário mensal líquido (após os descontos) de 6,7 mil reais.
O servidor foi preso em flagrante na tarde da terça, após o raio-X da Câmara detectar as munições. Foi solto no início da noite, depois que seu advogado pagou fiança de quase 1,6 mil reais, e responderá em liberdade por porte ilegal de munições.
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