O cantor Sergio Reis, que virou alvo de um inquérito da Polícia Civil do Distrito Federal devido às ameaças expressas em um áudio que circulou pelas redes sociais no último fim de semana, disse nesta quarta-feira 18 se arrepender da gravação. Nela, o artista afirma que caminhoneiros paralisariam o País em setembro caso o Senado não afastasse ministros do Supremo Tribunal Federal.
“Eu estava conversando com um amigo. Era tudo brincadeira. Ele postou no grupinho dele e aquilo foi para fora. E isso me prejudicou muito. Não era a minha intenção. Não temos que quebrar nada. Tem que fazer uma passeata serena, sem briga. Sem nada. Eu me arrependo demais de ter falado com um amigo. Amigo da onça, sabe como é”, disse Reis ao jornal O Globo.
Ele, no entanto, defendeu a realização de manifestações contra o STF. “Se não fizer uma paralisação, não muda este País”, declarou. Questionado se teme ser preso como o ex-deputado federal Roberto Jefferson, porém, negou.
“Não sou frouxo. Não sou mulher. Cadeia é para homem. Eu não saí daqui de casa. Estou aqui em casa quietinho. Se a Federal vier me buscar, eu vou. Não matei ninguém. Não prejudiquei ninguém. Nunca falei mal de nenhum ministro. Agora, se os caminhoneiros querem ir lá, eles me ouvem muito e me perguntam: ‘Sergio, a gente quer fazer (manifestação)’. Aí eu falo: ‘A vida é de vocês. Se querem fazer, façam’. O Roberto Jefferson mete a boca. Só que ele tem conhecimento. É um cara bem posicionado, presidente de partido. É um cara que tem muita experiência. Já foi preso várias vezes. E ele sabe o que os caras estão fazendo. Não ia falar isso tudo de graça. E aí ele mete a boca”, completou.
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