CartaExpressa
Sergio Moro é xingado em primeiro ‘evento’ como pré-candidato
O ex-juiz marcou a filiação ao Podemos para o próximo dia 10, mas já está no Brasil para primeiros encontros partidários


O ex-juiz Sergio Moro chegou ao Brasil nesta quarta-feira 3 para seus primeiros ‘eventos’ como pré-candidato à Presidência em 2022 e foi recebido por xingamentos no desembarque do aeroporto em Brasília.
O protesto foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Estado de São Paulo (Sintrajud) e pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas (Fenattel).
Conforme registra a Veja, Moro chegou ao País acompanhado de Renata Abreu, presidente do Podemos, partido pelo qual será candidato, e do futuro marqueteiro da campanha, Fernando Vieira.
“Juiz ladrão, juiz vendido. Você é um lixo”, gritaram os manifestantes ao avistarem o ex-juiz. Moro ouviu os xingamentos calado enquanto caminhava em direção a um carro.
Ex-ministro de Jair Bolsonaro, Moro pretende se distanciar do atual presidente. Desde a sua demissão, ele é visto como ‘adversário’ e ‘traidor’ pelos bolsonaristas. Na outra ponta, Moro também não agrada e é visto como ‘golpista’, já que condenou Lula (PT) em um julgamento parcial e sem provas, anulado recentemente pela Justiça.
Para se cacifar como representante da ‘terceira via’, Moro busca além da filiação ao Podemos, apoio de outros partidos. O primeiro ‘evento’ antes da filiação oficial, que está marcada para o dia 10 de novembro, é justamente o encontro com integrantes do DEM e PSL, que futuramente devem formar o União Brasil, para qual desembarcou em Brasília.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Novo partido de Moro é um dos mais fiéis a Bolsonaro no Congresso
Por CartaCapitalDe volta ao Brasil, Moro já tem convite pronto para filiação ao Podemos
Por Estadão Conteúdo