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Sérgio Camargo é acusado de assédio moral, discriminação e perseguição ideológica
Servidores revelaram uma rotina de humilhação e terror psicológico na gestão do presidente da Fundação Palmares


O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, foi denunciado no Ministério Público do Trabalho por assédio moral, perseguição ideológica e discriminação. A informação foi divulgada no último domingo 29 no Fantástico, da TV Globo.
Nos depoimentos obtidos pelo programa, servidores do órgão dizem que Camargo associa pessoas de “cabelos altos” a malandros.
De acordo com os funcionários, concursados teriam pedido demissão por causa de um clima de terror psicológico criado na instituição sob o comando do atual presidente do órgão, que perseguiria o que ele define por “esquerdistas”.
O MPT pediu o afastamento de Camargo, além do pagamento de uma indenização de 200 mil reais por danos morais, segundo a TV.
Nas redes sociais, o presidente da Fundação se manifestou sobre temas relacionados à denúncia. No Twitter, ele escreveu que “ter orgulho do cabelo é ridículo para o negro” e que o negro orgulhoso de seu cabelo é um “fracassado a serviço do vitimismo”.
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