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‘Ser mulher em espaços de poder é sempre desafiador’, diz Serrano após demissão na Caixa

A servidora afirmou que não foi fácil ver seu nome na imprensa por meses, em meio à pressão do Centrão para derrubá-la

Maria Rita Serrano. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Demitida nesta semana do comando da Caixa Econômica Federal pelo presidente Lula (PT), Rita Serrano defendeu nesta quinta-feira 26 o seu legado na instituição. Ela também disse que “ser mulher em espaços de poder é algo sempre desafiador” e que não foi fácil ver seu nome exposto na imprensa por meses, em meio à pressão do Centrão para derrubá-la.

“Espero deixar como legado a mensagem de que é preciso enfrentar a misoginia, de que é possível uma empregada de carreira ser presidente de um grande banco e entregar resultados, de que é possível ter um banco público eficiente e íntegro, de que é necessário e urgente pensar em outra forma de fazer política e ter relações humanizadas no trabalho”, disse Serrano, em mensagem publicada nas redes sociais.

Ela declarou que a transição para a nova chefia do banco ocorrerá “nos próximos dias”. O escolhido para substituir Rita Serrano é o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado pelo Centrão. Aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Vieira é servidor público desde 1982 e funcionário de carreira da Caixa.

Ele foi secretário-executivo do Ministério das Cidades na gestão de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), durante o primeiro governo de Dilma Rousseff (PT). Também também presidiu a Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa, entre 2016 e 2022.

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