O relatório da CPI da Covid, que será votado nesta terça-feira 26, pede o afastamento do presidente Jair Bolsonaro das redes sociais, após o ex-capitão associar a vacina contra o coronavírus à Aids.
No texto, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) escreve que “tal episódio reforça a decisão do Presidente da República de continuar propagando informações falsas, em sua campanha antivacina deletéria para a população brasileira”.
“Por esse motivo, entre os encaminhamentos deste relatório, estará a solicitação à Advocacia-Geral do Senado, para que represente ao STF e ao Procurador-Geral da República, a fim de que promovam a responsabilização do Presidente da República e maneje a ADVOSF as devidas ações cautelares para pleitear a imediata interrupção da continuidade delitiva, garantindo a ordem pública e o resultado útil de eventual futuro processo, por meio da determinação do afastamento do Presidente de todas as redes sociais, para a proteção da população brasileira”, acrescenta.
Na segunda-feira 25, os senadores que compõem o chamado G7 – grupo majoritário da comissão – decidiram incluir mais 10 nomes na lista de indiciados, o que resulta em um total de 80 pessoas e mais duas empresas.
São eles: Antônio Jordão de Oliveira Neto por epidemia com resultado morte, Helcio Bruno de Almeida por incitação ao crime, Heitor Freire de Abreu por epidemia com resultado morte, Marcelo Bento Pires por advocacia administrativa, Alex Lial Marinho por advocacia administrativa, Thiago Fernandes da Costa por advocacia administrativa, Regina Célia Oliveira por advocacia administrativa, Hélio Angotti Neto por epidemia com resultado morte e incitação ao crime, José Alves Filho por epidemia com resultado morte e Amilton Gomes de Paula por tráfico de influência, além do governador do Amazonas, Wilson Lima, e o ex-secretário de saúde Marcellus Campêlo.
Após a votação, se aprovado, o texto final do relator será encaminhado para a Procuradoria Geral da República (PGR), órgão ao qual caberá conduzir as investigações sobre indiciados com foro privilegiado; as investigações sobre pessoas sem foro serão remetidas para a primeira instância do Ministério Público Federal.
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