Senador que foi alvo de espionagem a mando de Braga Netto detalha o caso

Em conversa com CartaCapital, Carvalho afirmou que a motivação para a perseguição seria um requerimento apresentado por ele à CPI da Covid

Foto: Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

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O senador Rogério Carvalho (PT-SE) acusou nesta terça-feira 3 o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, de mandar militares espioná-lo. De acordo com o parlamentar, a “bisbilhotagem” teria ocorrido durante o recesso do Congresso Nacional.

Em conversa com CartaCapital, Carvalho afirmou que a motivação para a perseguição seria um requerimento apresentado por ele à CPI da Covid que pede a  quebra de sigilos do general enquanto esteve à frente da Casa Civil.

“Isso incomodou e encaminhou um oficial vinculado a ele, que deve ser da inteligência do Exército, que foi acompanhado de um coronel reformado chamado Roberval Leão, que mora em Sergipe, e foram atrás de uma pessoa das minhas relações para saber da minha vida”, detalhou o senador.

“A pessoa disse que sou uma pessoa pública, que já respondi alguns processos de improbidade, mas nenhum por roubo, desvio, dano ao erário público ou enriquecimento ilícito, mas questões de menor relevância”, disse Carvalho.

A denúncia do parlamentar foi feita durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito. “Ninguém está imune a uma espionagem com todo o ferramental que o Exército brasileiro tem. Estou me sentindo observado e isso não é correto. Estamos em um Estado Democrático de Direito. É o Exército bisbilhotar uma casa Legislativa, que eles devem obediência e devem garantir o funcionamento pleno dela. É uma coisa muito grave”, classificou o senador.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que Carvalho “tem a solidariedade” de toda a comissão e que “esse tipo de coisa tem acontecido com todos nós”.


O Ministério da Defesa ainda não se manifestou.

 

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