Senador protocola pedido de impeachment de Bolsonaro; há mais de 140 na gaveta de Lira

Para Jean Paul Prates, Bolsonaro teria 'convocado e promovido publicamente, de modo leviano e inconsequente, atos antidemocráticos no 7 de Setembro'

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), protocolou nesta sexta-feira 29 mais um pedido de impachment do presidente Jair Bolsonaro por crime de responsabilidade. O petista se baseia nas declarações do ex-capitão na convenção nacional do PL, em 24 de julho.

Segundo Prates, Bolsonaro teria “convocado e promovido publicamente, de modo leviano e inconsequente, atos antidemocráticos” no 7 de Setembro.

“Nós somos a maioria, somos do bem, temos disposição para lutar pela nossa liberdade, pela nossa Pátria. Convoco todos vocês agora para que todo mundo no 7 de Setembro vá às ruas pela última vez. Vamos às ruas pela última vez”, disse Bolsonaro em evento no Maracanãnzinho, no Rio de Janeiro. E emendou: “Esses poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Têm que entender que quem faz as leis é o Poder Executivo e Legislativo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas da Constituição”.

Para Jean Paul Prates, “as declarações do denunciado constituem os crimes de responsabilidade de opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário e de usar de ameaça para constranger juiz, na medida em que chama magistrados das mais altas cortes do País de ‘surdos de capa preta’ e os ameaça com manifestações de rua em data simbólica para a nação (sete de setembro), feriado nacional alusivo à Independência do Brasil”.

Não há, porém, chances reais de o pedido prosperar, já que caberia ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aceitar os argumentos do petista e instaurar o processo de impeachment. Lira e Bolsonaro são aliados e, com isso, os mais de 140 pedidos de impedimento seguem nas gavetas do deputado.

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