O presidente Jair Bolsonaro insinuou nesta terça-feira 26 que dados sobre as mortes por Covid-19 são superdimensionados. Ele, no entanto, não apresentou qualquer evidência para justificar a alegação.
Em evento promovido por um banco, Bolsonaro declarou, segundo o Correio Braziliense, que “muitos laudos (de óbitos por Covid-19) são forçados, dados como se Covid fossem. Na verdade, nós sabemos que não é. Mas vamos supor que todos os laudos fossem verdadeiros”.
De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Brasil registrava na segunda-feira 25, data do mais recente boletim, 217.664 mortes pelo novo coronavírus. A média móvel dos últimos sete dias, conforme monitoramento do Conass, é de 1.052.
O presidente também voltou a defender o ‘tratamento precoce’ contra a doença, baseado em medicamentos sem eficácia comprovada. “Há poucos meses, nós éramos o quarto país em mortes por milhão de habitantes, hoje somos o 26º. Alguma coisa aconteceu. Isso no meu entender é a preocupação, o profissionalismo do médico brasileiro, que busca uma solução para esse problema. Porque, afinal de contas, muitas doenças não teríamos achado o remédio se não fosse o tratamento off label, fora da bula, feito lá atrás”.
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