O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou nesta terça-feira 21 projetar uma relação positiva com o governo da Argentina, mesmo com a posse do ultradireitista Javier Milei em 10 de dezembro.
Mello destacou o fato de a Argentina ser uma importante parceira comercial do Brasil, representando “algo como 5% das nossas exportações, com peso particularmente maior em manufaturados e complexo automotivo”.
Ele disse ser necessário aguardar os próximos capítulos, a fim de identificar a linha a ser adotada pelo governo de Milei.
“Acabamos de sair de um processo eleitoral, que é sempre um processo um pouco mais afeito a propostas mais ousadas. Depois, o governo é outra realidade, tem de lidar com parceiros, Congresso, forças internas”, afirmou.
Guilherme Mello acrescentou que o Brasil espera construir uma “agenda positiva” de integração para a América Latina. As declarações foram concedidas na apresentação do novo Boletim MacroFiscal, durante a qual a Fazenda, comandada por Fernando Haddad (PT), anunciou uma redução de 3,2% para 3% da estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto em 2023.
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