CartaExpressa
Economia diz que vacinação pode ficar comprometida se Congresso não aprovar PEC dos precatórios
‘A Saúde nos apresentou um plano que inviabiliza a questão da 3ª dose e a implementação das medidas do plano de imunização’


O secretário de Orçamento Federal do Ministério da Economia, Ariosto Culau, afirmou nesta quarta-feira 18 que a vacinação contra a Covid-19 em 2022, com uma eventual dose de reforço, pode ser ‘comprometida’ pelos precatórios que o governo de Jair Bolsonaro terá de pagar no ano que vem.
Assim, Culau pressiona o Congresso Nacional a aprovar uma PEC do governo que prevê o parlamento das dívidas judiciais mais elevadas.
“O Ministério da Saúde nos apresentou um plano que inviabiliza a questão da 3ª dose e a implementação das medidas do plano de imunização. São valores que a gente poderia atender num cenário aí que se vislumbrava com espaço fiscal de 30 bilhões de reais, mas que se vê comprometido em razão desse aumento que tivemos de aumento de precatório”, disse Culau ao Congresso nesta quarta.
Segundo ele, o Orçamento de 2022 “talvez seja o mais difícil de todos”.
Para que a PEC de parcelamento dos precatórios entre em vigor, o texto tem de ser aprovado pela Câmara e pelo Senado, em dois turnos. O total a ser pago pelo governo no ano que vem por essas dívidas judiciais passa de 89 bilhões de reais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Queiroga reforça alinhamento a Bolsonaro e critica uso obrigatório de máscaras
Por CartaCapital
OMS diz que não há necessidade de 3ª dose de vacinas no momento: ‘É preciso esperar a ciência’
Por AFP
Guedes culpa Lula e novo Bolsa Família pela alta de juros: ‘É a guerra política’
Por CartaCapital