A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou dez mortes em uma ação da polícia no Guarujá, litoral do estado. O número foi atualizado após a contabilização de dois óbitos na tarde desta segunda-feira 31.
Mais cedo, o governador Tarcísio de Freitas havia informado haver oito mortos na Operação Escudo. A Ouvidoria das Polícias, por sua vez, divulgou dez mortes ainda no domingo 30.
Segundo a prefeitura do Guarujá, um homem morreu durante a tarde após confronto com agentes de segurança. Horas depois, a SSP confirmou mais uma morte, mas não detalhou o caso.
Erickson David da Silva, suspeito de matar o soldado da Rota Patrick Bastos Reis, passou por audiência de custódia nesta segunda. A Justiça manteve a prisão temporária por 30 dias.
A operação policial foi deflagrada após a morte do soldado, na quinta-feira 27. Tarcísio afirmou, em coletiva de imprensa nesta segunda, que a atuação da polícia teria sido “profissional” e sem “excesso”. Moradores do Guarujá, por outro lado, relatam a prática de tortura.
Um dos casos envolve o vendedor ambulante Felipe Vieira Nunes, de 30 anos, morto com nove tiros na noite da sexta-feira 28. Moradores da favela da Vila Baiana dizem ter ouvido gritos durante uma sessão de tortura. O homem foi encontrado pela família com queimaduras de cigarro, um ferimento na cabeça e um corte no braço.
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