CartaExpressa

‘Se fosse a Janja, renunciava a esse cargo de primeira-dama’, sugere Marcia Tiburi

Questionada em entrevista ao ‘UOL’, a filósofa e escritora defendeu que primeira-dama siga com projetos próprios em prol das mulheres

Apoie Siga-nos no

A filósofa e escritora Marcia Tiburi sugeriu que Janja deveria deixar o cargo de primeira-dama para fazer ‘algo mais revolucionário’ em prol da cultura feminista. A declaração foi dada nesta quinta-feira 11 ao UOL no momento em que a entrevistada foi questionada sobre como via o papel da esposa de Lula (PT) no cargo.

“Eu gosto muito da Janja, gosto da Janja como ela é, gosto da performance dela. Agora, se eu for bastante radical, vou dizer o que eu já disse em outras entrevistas, eu se fosse a Janja renunciava a esse cargo de primeira dama e ia fazer alguma coisa realmente mais revolucionária”, respondeu. “Eu acho que não combina com uma feminista ser primeira-dama.”

A filósofa ponderou a necessidade de apoio ao presidente Lula (PT), mas defendeu que Janja pudesse ter vida própria, e seguir com projetos próprios. “Sair desse papel de esposa que apoia, acho que é importante para as esposas do Brasil. Acho que nós precisamos colocar as mulheres em outro patamar na política brasileira , na cultura, na história, em todos os lugares”.

“Eu [no lugar dela] tomaria uma atitude bem drástica, diria: ‘somos casados, você é presidente, eu tenho uma vida própria’. E construiria uma história com as mulheres brasileiras, onde nós não funcionamos por hierarquia. Porque esse negócio de ser primeira-dama é o que é você focar nas costas, uma grande mulher que fica segurando um grande homem”, refletiu.

“Eu sairia desse lugar inessencial e subalterno e iria para um lugar de protagonismo. Para nós, mulheres, protagonismo não tem a ver com narcisismo.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.