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‘Se acelerar demais, você pode escorregar na curva’, diz Queiroga sobre vacinação no Brasil

Segundo o ministro da Saúde, que acompanha Bolsonaro nos EUA, o País ‘já vai muito bem’

‘Se acelerar demais, você pode escorregar na curva’, diz Queiroga sobre vacinação no Brasil
‘Se acelerar demais, você pode escorregar na curva’, diz Queiroga sobre vacinação no Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Nova York. Foto: Reprodução/CNN Brasil
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pregou cautela nesta segunda-feira 20 diante de pedidos de “aceleração” da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Ele está em Nova York, onde o presidente Jair Bolsonaro abrirá, nesta terça-feira 21, a 76ª Assembleia-Geral da ONU.

“Às vezes, acelerando demais você pode escorregar na curva e sobrar. O Brasil já vai muito bem na vacinação. Temos uma perspectiva real, em função das doses que estamos distribuindo, de no final de outubro termos toda a população acima de 18 anos vacinada com as duas doses. Já começamos a distribuir vacinas para os idosos para dar a dose de reforço”, disse Queiroga a jornalistas.

Segundo dados atualizados pelo consórcio de imprensa no domingo 19, 37,6% da população brasileira recebeu as duas doses (ou dose única) de uma vacina (80.285.227 pessoas). 66,39% dos brasileiros tiveram acesso à primeira dose (141.623.847). A dose de reforço chegou a 300.628.

Nos Estados Unidos, Queiroga também afirmou que Bolsonaro mencionará na ONU os planos do Brasil de doar vacinas a outros países. O ministro ainda voltou a comentar sua decisão de suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidade.

“O Brasil já vacinou mais de 3,5 milhões de adolescentes. Tivemos um evento adverso e a mim, como autoridade sanitária, cabe analisar os eventos adversos. Eles existem, mas não são motivo para suspender campanha de vacinação ou relativizar seus benefícios. Mas a autoridade sanitária tem de avaliar esses casos para fazer as notificações devidas”, prosseguiu. Ele se refere à morte de uma adolescente no estado de São Paulo que não teve relação com o imunizante da Pfizer.

“Mesmo que tenha sido evento adverso ligado à vacina, não invalida a vacinação. O que o governo já defendeu é que os adolescentes deveriam ir depois. A gente precisa avançar nos acima de 18 anos, então a questão é de prioridade, de logística. E eu tenho defendido obedecer as recomendações do Programa Nacional de Imunização, o que lamentavelmente não é feito”.

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