CartaExpressa
SC: Jovem armado com facão comete atentado em escola infantil
A Polícia revelou a identidade do autor dos crimes, Fabiano Kipper Mai, de 18 anos. Duas professoras e três crianças morreram


Um jovem armado com um facão invadiu uma escola na cidade de Saudade, no oeste de Santa Catarina, na manhã desta terça-feira 4, e atacou professores e crianças. Segundo os bombeiros, três crianças e uma professora morreram na hora. Uma outra funcionária, que chegou a ser levada ao hospital, também veio a óbito.
O autor do crime já foi identificado e teve a identidade revelada, Fabiano Kipper Mai, de 18 anos. Ele invadiu a escola infantil Pró-Infância Aquarela e, já na entrada, desferiu golpes contra a professora Keli Adriane Aniecevski, 30 anos, que morreu no local. Ela trabalhava na unidade há 10 anos.
Também foi vítima do ataque a agente educadora Mirla Renner, de 20 anos. Ela chegou a ser levada ao hospital mas não resistiu aos ferimentos.
A professora Keli Adriane, à esquerda, trabalhava na escola há 10 anos. A agente educadora Mirla Renner, 20 anos, chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Créditos: Reprodução/Redes Sociais
As três crianças mortas tinham menos de dois anos: Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses; Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses; e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses.
A polícia infirmou que, na casa do suspeito, encontrou um computador que vai ser analisado pela perícia, além de embalagens das duas facas utilizadas no crime e cerca de R$ 11 mil em espécie. Os pais do jovem relataram aos policiais que ele trabalhava e o valor vinha sendo guardado. Os motivos, no entanto, não foram informados.
Após o crime, Fabiano teria tentado contra a própria vida. Gravemente ferido, foi conduzido para um hospital no município de Pinhalzinho, distante 11 km de Saudades, e segue escoltado pela polícia.
Saudade está a 600 km de Florianópolis, e tem uma população de 9,8 mil habitantes.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.