O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira 19.
Ao todo, são 35 mandados de busca e apreensão na operação Akuanduba, que investiga crimes contra a administração pública envolvendo a exportação ilegal de madeira para os Estados Unidos e a Europa. São 160 policiais federais nas ruas do Distrito Federal, São Paulo e no Pará.
Os mandados foram autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Além das buscas, o STF determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal do ministro Salles e dos servidores do Ibama e o afastamento preventivo de dez agentes públicos que ocupavam cargos e funções de confiança.
A decisão também suspende um despacho do Ibama, de 2020, que permitia a exportação de produtos florestais sem a necessidade de emissão de autorizações.
“Estima-se que o referido despacho, elaborado a pedido de empresas que tiveram cargas não licenciadas apreendidas nos EUA e Europa, resultou na regularização de mais de 8 mil cargas de madeira exportadas ilegalmente entre os anos de 2019 e 2020”, disse a PF.
“As investigações foram iniciadas em janeiro deste ano, a partir de informações obtidas junto a autoridades estrangeiras noticiando possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira”, acrescentou
De acordo com a PF, Akuanduba é uma divindade da mitologia dos índios Araras, que habitam o estado do Pará. “Segundo a lenda, se alguém cometesse algum excesso, contrariando as normas, a divindade fazia soar uma pequena flauta, restabelecendo a ordem”.
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