CartaExpressa
Rumble e grupo de mídia de Trump pedem liminar da Justiça dos EUA contra Moraes
Empresas argumentam que decisões do ministro sobre conta do bolsonarista Allan dos Santos não deve ter validade nos EUA


O grupo de comunicação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a plataforma de vídeos Rumble apresentaram um pedido de liminar à Justiça norte-americana contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O documento foi apresentado no último sábado 22 e pede que o tribunal federal, que fica na Flórida, determine que as decisões de Moraes sobre os grupos não tenham efeito enquanto o processo movido por eles contra o magistrado esteja sendo analisado pelo Judiciário dos EUA.
O Rumble e Moraes estão em disputa judicial nos EUA pelo fato de que o grupo de mídia argumenta que o magistrado violou leis norte-americanas ao determinar o bloqueio da conta do influenciador bolsonarista Allan dos Santos a nível global.
Dos Santos é investigado pela Suprema Corte por ofensas a ministros e por promover desinformação. Ele está foragido nos EUA, já que tem um mandado de prisão preventiva em aberto no Brasil.
No Brasil, determinou, na última sexta-feira 21, a suspensão da plataforma de vídeos. Segundo o ministro, o Rumble não cumpriu ordens judiciais do Supremo, como indicar um representante legal no Brasil, e tampouco pagou multas estabelecidas em outras decisões da Corte.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.