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Roraima: Candidato bolsonarista que declarou R$ 4,5 milhões em dinheiro vivo é preso por suspeita de compra de votos

Rodrigo Cataratas (PL-RR) foi preso em flagrante com material eleitoral, R$ 6 mil reais em espécie e uma lista com nome de pessoas e valores para distribuição

Rodrigo Cataratas (PL) e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/ Redes sociais
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O candidato a deputado federal Rodrigo Cataratas (PL-RR) foi preso pela Polícia Federal por suspeita de compra de votos. A informação é do jornal Folha de S. Paulo desta sexta-feira 30.

De acordo com a PF, o carro de Cataratas foi abordado durante uma ação de rotina da Polícia Federal Rodoviária em estrada que leva à capital Boa Vista na noite de quinta-feira 29. No veículo foram encontrados material de campanha – os famosos santinhos -, 6 mil reais em cédulas e uma lista com nome de pessoas e valores de distribuição.

‘Santinhos’ e dinheiro vivo apreendido. Foto:: Reprodução

Além de Rodrigo, estavam no carro a fotógrafa de campanha e uma pessoa não identificada no momento da abordagem. Os três foram levados à delegacia em Boa Vista e presos em flagrante por crime eleitoral. Após prestarem depoimento, o grupo pagou 26,2 mil reais em fiança e foi liberado.

Em nota, a defesa de Cataratas afirma que o grupo retornava de uma reunião da campanha em Alto Alegre (RR) e que o candidato já imaginava que a ‘situação’ poderia acontecer. Nas redes sociais, o candidato diz que a Polícia agiu para atrapalhar sua campanha: “Não foi nenhuma surpresa essa ocorrência hoje, ainda mais às vésperas das eleições, e se confirma a não disfarçada busca de manchar a reputação e minar candidatura”.

Segundo o Código Eleitoral, candidatos não podem ser detidos ou presos nos 15 dias que antecedem o primeiro turno das eleições, exceto em casos de prisão em flagrante.

Cataratas é garimpeiro e suas empresas já foram alvos de operações da PF por exploração ilegal de ouro em terras indígenas. Ele também é dono de diversas aeronaves que possuem contratos com o governo Bolsonaro. Parte de seus helicópteros já foi apreendida por suspeitas de integrarem um esquema de garimpo criminoso.

Recentemente o político levantou novas polêmica ao declarar no TSE que mantinha em casa um montante de 4,5 milhões de reais em dinheiro vivo.

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